Coração Silenciado
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A coragem nem sempre ruge

Um poema de Mary Anne Radmacher

A coragem nem sempre ruge

às vezes a coragem é a voz calma

no final do dia a dizer:

“Amanhã volto a tentar .”

É preciso coragem

para mudar o teu estilo,

a tua opinião,

o caminho que tu percorres…

o teu chapéu!

É preciso coragem para deixar ir

das partes pesadas do teu passado.

É preciso coragem

para encontrares a tua própria voz.

É preciso coragem

para reinventar alegrias,

para reinventar oportunidades,

para reinventar sonhos,

para reinventar conexões…

para reinventar as esperanças

que tu reservaste.

É preciso coragem para aceitar

que a maneira como tu “sempre foste”

não determina a maneira como tu és.

É preciso coragem

para ficar num lugar

que tu não sabias que existia…

e aprender com uma visão

que tu antes não poderias imaginar.

É preciso coragem para deixar ir

as tuas suposições

e voar teus sonhos como um

convite crescente para te tornares

a melhor versão de ti mesmo.

É preciso coragem para defender as tuas convicções.

É preciso coragem para abrir mão do controle.

E é preciso coragem para reconhecer que tu és perfeito

Do jeito que tu és.

Mudança de qualquer tipo, requer coragem…

Coragem para escrever uma nova história da tua vida

com a caneta de cada dia

…de cada momento.

Conta a ti mesmo esta pequena história quando precisares –

“Eu tenho coragem de ficar

no que quer que o tempo traga…

e perceber que tudo é lavável.

Tudo é corrigível,

e tudo é substituível

menos o meu tempo e respiração.”

A oportunidade de maior coragem

vem nos momentos mais comuns.

A Coragem canta os louvores

das almas resistentes e diz-lhes:

“Hoje vou pegar emprestado um pouco da tua coragem

e ver que jardim posso regar

com a cura das minhas lágrimas;

e que coisas crescentes eu posso nutrir

com a força do meu riso.”

A coragem é definida mais por seus contrastes

do que a mesmice,

mais pelos seus riscos

do que a sua segurança.

A Coragem contenta-se em não dar desculpas.

A Coragem, vestida de mudança intencional,

é a resposta mais feroz ao medo.

A coragem age sem arrependimento.

A Coragem ri alto.

Tem a Coragem

de sair pela porta

e deixar as possibilidades descobrirem-te.

Tem a coragem

para vaguear e desfiles vão te encontrar.

Coragem.

Enquanto tu pesas as muitas possibilidades do teu dia

mede a tua ação com esta pergunta,

“Como é que eu gostaria mais de me lembrar disto?”

A tua resposta escolhida torna-se

tua ação natural e

tua oportunidade única

pela coragem.

Perspectiva no grande.

Graça no pequeno.

Uma mão aberta.

Uma pausa praticada.

UM SIM!

A coragem nem sempre ruge.

imagem: unsplash.com

Tornar-se como uma criança

“A grande tentação é usar as nossas falhas e decepções óbvias das nossas vidas para nos convencermos de que realmente não valemos a pena ser amados. Porque o que é que temos para mostrar a nós mesmos?

Mas para uma pessoa de fé o oposto é verdadeiro. Os muitos fracassos podem abrir aquele lugar em nós onde não temos nada do que nos gabar, mas tudo pelo que ser amados. É voltar a ser criança, uma criança amada simplesmente por ser, simplesmente por sorrir, simplesmente por estender a mão.

Este é o caminho para a maturidade espiritual: receber o amor como um dom puro e gratuito.”

Henry Nouwen

Emoções não processadas

Hoje, uma pessoa que eu aprecio muito, enviou-me esta citação:

“É importante estares ciente de que as emoções não processadas de experiências difíceis têm um impacto na tua saúde emocional e mental.

É somente quando tu escolhes concentrar-te na auto-cura que podes transformar a dor e os padrões negativos, reacender a tua paixão pela vida e reconstruir uma sensação de plenitude.

A cura traz alegria saudável para os teus relacionamentos, uma reconexão com o teu propósito e uma profunda paz interior.”

Acho que vale a pena pensarmos nisto!…

No fundo do poço

E porque há dias em que estamos no fundo do poço e não conseguimos ver a luz! A esperança falta-nos, o ar é insuficiente, os pensamentos transbordantes, a nossa vida parece não ter solução, não há pontos de vista animadores, não há chão debaixo de nossos pés, ninguém disponível para nos dar um abraço ou uma pessoa de confiança para partilharmos o escuro que nos está a consumir. Enfim, no mais profundo do poço mais escuro!

Sim, tem dias que são uma merd*!… Que a vida se torna impossível! Que parece nada fazer sentido e cada instante extremamente difícil de viver.

Aquilo por que passámos foi desumano e cruel. Não merecíamos tal coisa.

Sim, o fundo do poço é um lugar tenebroso e horrível. Quem quer lá estar? Quem é que não quer de lá sair e escapar a esses momentos asfixiantes?

Queres tentar comigo sair de lá?

1º- Vamos respirar fundo e devagar;

2º- Vamos dizer ao mau pensamento: “Não acredito em ti! Só me queres convencer de que não há mais saída!”;

3º- Vamos dizer alto: “Há uma luz em mim!”, “Há uma luz em mim!”;

4º- Abraçamos forte a almofada, choramos e tentamos dormir um pouquinho;

5º-Estás a ver uma pequena saliência no muro do poço? Vamos colocar o pé e subir?

Abraço forte para ti! Obrigada por saíres comigo do fundo do poço!

imagem: unsplash.com

Aceitar a mudança

By Maia Duerr

No meio de situações difíceis, às vezes digo a mim mesma de uma forma muito sombria: “A minha vida nunca mais será a mesma”. Então percebi como essa afirmação é tola – ou pelo menos como é enganoso pensar na mudança apenas no sentido negativo.

A afirmação de que a nossa vida nunca mais será a mesma não é falsa. Na verdade, é verdade em todos os momentos! A mudança está sempre a acontecer. Às vezes a mudança é para o “bem”, às vezes é doloroso. Mas nunca podemos saber o resultado final de uma mudança.

O que pode parecer horrível hoje pode, a longo prazo, ser exatamente o que precisamos para nos levar para a próxima etapa da nossa vida. Se pudermos aprender a inclinar-nos para a mudança em vez de resistir a ela, encontraremos a possibilidade inerente a uma situação.

imagem: unsplash.com

A Bênção Escondida na Dor

O que fazer com as nossas perdas? . . . Devemos lamentar nossas perdas. Não podemos falar ou agir para afastá-las, mas podemos derramar lágrimas sobre elas e permitir-nos sofrer profundamente. Lamentar é permitir que as nossas perdas dilacerem os sentimentos de segurança e proteção e nos levem à dolorosa verdade da nossa fragilidade. A nossa dor faz-nos experimentar o abismo da nossa própria vida em que nada é estabelecido, claro ou óbvio, mas tudo está constantemente a mudar e a mudar. . . . Mas no meio de toda essa dor, há uma voz estranha, chocante, mas muito surpreendente. É a voz d’Aquele que diz: “Bem-aventurados os que choram; eles serão consolados. Essa é a notícia inesperada: há uma bênção escondida na nossa dor. Não são bem-aventurados os que consolam, mas sim os que choram! De alguma forma, no meio das nossas lágrimas, esconde-se um presente. De alguma forma, no meio do nosso luto, os primeiros passos da dança acontecem. De alguma forma, os gritos que brotam das nossas perdas pertencem às nossas canções de gratidão.

(Henry Nouwen)

imagem: unsplash.com

Cálice de tristeza, cálice de alegria

Quando somos esmagados como uvas, não conseguimos pensar no vinho que nos tornaremos.

A tristeza toma conta de nós, manda-nos ao chão, de bruços, e suar gotas de sangue. Então precisamos ser lembrados de que o nosso cálice de tristeza é também o nosso cálice de alegria e que um dia seremos capazes de saborear a alegria tão plenamente quanto agora saboreamos a tristeza.

(Henry Nouwen)

imagem: unsplash.com